Este E-book conta com 26 trabalhos que abordam os principais temas de pesquisa em floresta de eucalipto, a exemplo da biotecnologia, nutrição, fisiologia vegetal e qualidade da madeira. Todos esses estudos foram apresentados no V Congresso Brasileiro de Eucalipto, realizado nos dias 8 e 9 de maio de 2024, com o tema central “uso múltiplo sustentável”.
Com objetivo de ampliar os conhecimentos sobre o setor florestal, esse E-book busca facilitar a troca de informações entre pesquisadores, empresas, estudantes e a comunidade em geral interessada no tema. Cada capítulo disserta sobre um trabalho desenvolvido, com resultados concretos e conteúdo atualizado.
Convidamos você, leitor, por meio dessa obra, a explorar mais sobre a ciência, tecnologia e inovação no âmbito das florestas de eucalipto.
Bruno Sangali Arantes, Érica Patrícia Pinto Queiroz, Sâmara Magdalene Vieira Nunes, Thayanne Caroline Castor Neto, João Gabriel Missia da Silva
Os principais custos de uma grande empresa do setor florestal nos dias atuais são madeira e terra. Com isso, torna-se imprescindível o uso da madeira de forma otimizada, para isso surge o estudo da qualidade da madeira. Dentro desta linha de estudo compreender a densidade básica é uma das principais tarefas e campanhas dos pesquisadores, pois essa propriedade física possui importância amplamente conhecida para o setor. Porém pela urgente demanda por informação, o tempo de saturação das amostras torna-se um gargalo. Portanto o objetivo do presente trabalho foi avaliar os impactos de se determinar a densidade básica da madeira em diferentes dias. Para isso o presente trabalho realizou a determinação da densidade básica de dois clones de eucalipto pelo método do máximo teor de umidade, aferindo diariamente a saturação das amostras de duas formas. Os resultados revelaram que a umidade da madeira e a densidade possuem relação inversa e que a não saturação das amostras para a determinação da densidade básica superestima seus valores, alçando de 7 a 13 kg m-3 de diferença entre as formas de se aferir a saturação. A partir dos resultados conclui-se que as espécies influenciam no tempo de saturação das amostras, sendo arriscado a padronização do mesmo e a importância de se garantir a máxima saturação para a determinação da densidade básica da madeira pelo máximo teor de umidade.
Palavra-chave: Densidade Básica, Tempo de Saturação, Qualidade da Madeira.
Felipe Gabriel Santos Araújo, Sâmara Magdalene Vieira Nunes, Érica Patrícia Pinto Queiroz, Paulo Ricardo Fraga Fonseca, Graziela Baptista Vidaurre
Este estudo foi realizado com o objetivo de identificar o perfil de variação longitudinal da densidade básica da madeira de Eucalyptus urophylla oriundo de uma área de testes clonais com 6 anos de idade. Foi avaliado um experimento de desbaste, localizado em Nova Viçosa-BA. Foram selecionadas cinco árvores com base no diâmetro médio e após o corte, as árvores foram medidas e o volume determinado pelo método de Smalian. Em seguida, foram retirados discos nas posições 0%, DAP, 25%, 50%, 75% e 100% da altura comercial para determinação da densidade básica. Os resultados indicaram que a densidade básica apresentou aumento até o DAP, seguida de um decréscimo em 25%, sem clara tendência de estabilização com a altura. Essas desconformidades sugerem a complexidade da distribuição da densidade básica da madeira de eucalipto no sentido longitudinal e ressaltam a importância de estudos detalhados para compreender melhor esses padrões. O entendimento dessa variável pode acarretar sugestões significativas no uso e manejo adequado dos recursos florestais, além de contribuir para o desenvolvimento de práticas mais eficientes e sustentáveis na indústria madeireira.
Palavras-chave: Amostragem tradicional, densidade da madeira, variação base-topo.
Katiúcia Andreia Silva de Araujo, Fernanda Dalfiôr Maffioletti, Juarez Benigno Paes
Com a exploração intensiva de espécies tropicais nativas, madeiras provenientes de reflorestamento, principalmente aquelas do gênero Eucalyptus, vêm sendo utilizadas com o intuito de suprir a demanda. Porém, algumas propriedades dessas madeiras necessitam ser melhoradas; assim, sugiram os tratamentos térmicos, que podem agregar qualidades a fim de atenderem ao mercado. Desta forma, a pesquisa teve com objetivo avaliar os efeitos do tratamento térmico na composição química da madeira de clone de híbrido de Eucalyptus, com 14 anos de idade. Para tanto, foram utilizados duas temperaturas de tratamento térmico da madeira (185 e 200°C) além do controle (temperatura ambiente ± 25°C), e realizada a caracterização química das amostras [solubilidade em álcool:tolueno (extrativos totais), lignina, holoceluloses e cinzas) na madeira. Os valores obtidos foram comparados por meio de médias e expressos em gráficos. O tratamento térmico pouco influenciou na composição química da madeira do clone de eucalipto avaliado. Exceção feita para o teor de extrativos, que teve a maior queda com o aumento da temperatura.
Palavras-chave: Madeira de eucalipto, tratamento térmico, química da madeira.
Bruno Duarte Lourenço de Araújo, Felipe Gabriel Santos Araújo, Érica Patrícia Pinto Queiroz, Stéffany de Lima Araujo, Udson de Oliveira Barros Junior
A importância econômica do eucalipto impacta diretamente a Amazônia. Sua utilização para produção de carvão vegetal pela indústria siderúrgica mundial, impulsionou sua plantação em novos locais e diminuiu a utilização de madeiras nativas nessa cadeia. Visando essa proteção das nativas o trabalho tem como objetivo elencar as principais caraterísticas do carvão vegetal produzido da madeira de eucalipto do clone híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis. Foram utilizadas 3 taxas de aquecimento (1,0 ºC.min-1; 1,7 ºC.min-1 e 3 ºC.min-1), todas com a mesma temperatura final de 500 ºC e tempo de permanência de 30 minutos após atingir essa temperatura. Os resultados demonstraram que a taxa de aquecimento influenciou nas três variáveis avaliadas (Rendimento gravimétrico, densidade aparente e poder calorífico). De forma que o poder calorífico apresentou diferença de 2,52 % entre o maior e menor valor obtidos e o rendimento gravimétrico variou cerca de 10,98 % em relação a taxa de 1,0 ºC.min-1 e 3,0 ºC.min-1. Dessa forma, a partir dos resultados pode-se concluir que o rendimento gravimétrico, decresce à medida que a taxa de aquecimento é elevada., a densidade aparente do carvão mostrou ser influenciada pela taxa de aquecimento, poder calorífico superior diminuiu à medida que se elevou a taxa de aquecimento da pirólise, para as três taxas e as condições desse experimento, a temperatura final de 500°C com taxa de aquecimento 1,0 °C.min-1, mostrou-se mais eficiente na produção do carvão vegetal tendo o maior valor de poder calorífico e rendimento gravimétrico.
Palavras-chave: Energia, biomassa, poder calorífico, Amazônia.
Udson de Oliveira Barros Junior, Luana Bento Protázio, Stéffany de Lima Araujo, Bruno Duarte Lourenço de Araújo, Graziela Baptista Vidaurre
O carvão vegetal é um produto sustentável e uma excelente fonte de energia alternativa aos combustíveis fósseis, estando presente em vários setores da indústria e da sociedade brasileira. O objetivo desse trabalho foi classificar clones de Eucalyptus urophylla mais indicados para a produção de carvão vegetal baseando-se nos valores médios e na variabilidade base-topo da densidade básica da madeira. Para isto, foram estudados 9 clones de Eucalyptus urophylla, aos 5,2 anos de idade, dos quais 3 árvores por clone foram abatidas e discos de madeira foram amostrados ao longo do fuste (na base, no diâmetro à altura do peito, e à 25, 50, 75 e 100 % da altura comercial do fuste). Uma cunha de cada disco de cada posição longitudinal foi retirada e a densidade básica da madeira foi determinada pelo método da balança hidrostática. Os resultados demonstraram que os clones avaliados estão divididos em três grupos de densidade, sendo o primeiro representado por clones cujo intervalo varia de 547 a 584 kg m-3, enquanto o segundo grupo possui densidade de até 524 kg m-3 e o terceiro grupo possui clones de até 486 kg m-3. Quanto a variabilidade da densidade no sentido base-topo, os clones apresentam tendências caracterizadas pela redução da densidade da base até o topo do fuste. Por fim, os resultados indicam que todos os clones avaliados possuem potencial preliminar para a produção de carvão vegetal, carecendo de caracterizações de qualidade da madeira mais aprofundadas.
Palavras-chave: materiais genéticos, qualidade da madeira, energia de biomassa.
Victória Yasmin Gonçalves Campos, Yasmin Carvalho Borges, Bárbara Luísa Corradi Pereira, Aylson Costa Oliveira
Embora a casca não seja um material com propriedades energéticas satisfatórias quando comparada à madeira, a sua destinação para energia é interessante considerando a inviabilidade de retirada das cascas em virtude dos custos elevados e a geração significativa de resíduos sem destinação adequada. Dessa maneira, as características intrínsecas definem a utilização da casca para fins energéticos e, consequentemente, influenciam na qualidade do produto para a geração de energia. Diante disso, o objetivo do trabalho foi avaliar as propriedades da casca, bem como verificar a influência da sua presença na qualidade da lenha para uso energético de 11 clones de Eucalyptus. Os materiais avaliados tinham oito anos (92 meses) e eram provenientes de um teste clonal no município de Tangará da Serra, Mato Grosso. Os seguintes parâmetros da casca foram avaliados: porcentagem de casca, teor de cinzas e sua composição química. A porcentagem de casca variou de 1,70 (clone 4) a 3,17 (clone 10). A casca apresentou altos teores de cinzas (2,41%), composta principalmente por Ca, Mg, K e Na. De forma geral, para os clones avaliados, a casca influenciou negativamente as propriedades energéticas da lenha de eucalipto. No entanto, o clone 3, dentre os demais, apresentou o melhor desempenho. Apesar da contribuição para a diminuição de algumas propriedades, as cascas de eucalipto são viáveis para a geração de energia.
Palavras-chave: teste clonal, energia, combustível.
Jonatas Moreira da Cruz Carvalho, Liniker Fernandes da Silva, Alisson de Jesus Silva, Luis Carlos de Freitas
A Eucaliptocultura têm trazido uma série de benefícios sociais e econômicos para o país. No entanto, para o semiárido, são escassas as informações sobre a possibilidade de contribuição do Eucalipto para a geração de benefícios sociais e econômicos. O objetivo do trabalho foi verificar a correlação entre área da Eucaliptocultura e indicadores socioeconômicos dos municípios do semiárido Baiano. O trabalho teve foco nos municípios do semiárido da Bahia. Dados, População, PIB, PIB per capita, e Índice FIRJAM de Desenvolvimento Municipal foram coletados e tiveram a correlação de Pearson calculada em relação à área com plantios de Eucalipto, em cada município do Semiárido baiano. Os resultados correlação positiva entre a área e os indicadores socioeconômicos analisados, e a partir dos resultados pode-se concluir que plantios de Eucalipto podem trazer benefícios socioeconômicos para municípios do Semiárido da Bahia.
Palavras-chave: Eucaliptocultura, Indice FIRJAM, Desenvolvimento Social.
Gustavo Jaske da Conceição, Steffany de Lima Araujo, Érica Patrícia Pinto Queiroz, Udson de Oliveira Barros Júnior, Graziela Baptista Vidaurre
A alta demanda por produtos sustentáveis e de alto valor agregado tem movimentado a indústria moveleira e desencadeado novas formas de diminuir os custos de produção no setor florestal. Para garantir a qualidade final dos painéis, é importante considerar a influência do pH e da capacidade tampão da casca e da madeira no processo produtivo. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a influência do pH e da capacidade tampão em árvores de clones de eucalipto destinado a produção de painéis Medium Density Fiberboard (MDF). O estudo foi realizado com madeiras de quatro clones de eucalipto: E. urophylla x E. grandis (C1), E. urophylla x E. grandis (C2), E. grandis (C3) e E. urophylla (C4), com idade de 6 anos, provenientes de plantações comerciais na região de Lençóis Paulista e Agudos - SP. Foram amostradas cinco árvores de diâmetro médio por clone, sendo retirados discos em seis posições da altura comercial para determinação do pH e capacidade de tampão da casca e da madeira com sua respectiva casca. Os clones do hibrido E. urophylla x E. grandis (C1 e C2) se destacaram por possuírem maiores valores de pH para madeira com casca (4,565 e 4,695) e para casca (4,744 e 4,733), respectivamente. Os resultados neste trabalho mostram que a casca e a madeira com casca não apresentaram uma grande acidez e capacidade de tamponamento, assim como o valor pH, obtiveram maiores variações para a madeira com casca, indicando maiores relações quanto a presença de madeira no material analisado.
Palavra-chave: potencial hidrogeniônico da madeira, propriedades químicas, qualidade da madeira.
Eduarda Ranção Costa, Lara Ferreira Alves, Nívea Maria Mafra Rodrigues, Lucas Duarte Caldas Silva, Lucas José Teodro Lobato
O Brasil é um dos principais produtores de florestas plantadas do mundo. Com um ambiente proprício para o desenvolvimento dessas florestas, as empresas de produtos florestais vêm ganhando destaque significativo. Para uma gestão eficaz desses plantios comerciais, são realizados inventários florestais ao longo do ciclo produtivo das florestas. O objetivo desse estudo foi avaliar dois modelos de produção volumétrica para um talhão de Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden. no Sul do Espírito Santo. Foi realizado um inventário florestal do tipo censo, medindo-se todas as árvores presentes no talhão e coletando informações de número de árvores, diâmetro a 1,3 m do solo (D) e altura total (H). O volume foi obtido por meio de cubagem rigorosa de 55 árvores, utilizando o método não destrutivo. Foram ajustados dois modelos volumétricos que normalmente são utilizados em estudos para estimação do volume individual em florestas plantadas. Foram avaliados os modelos de regressão não linear de Schumacher e Hall, e o modelo de regressão linear proposto por Spurr. O modelo de Schumacher e Hall demonstrou maior acurácia na estimação do volume total de árvores de eucalipto no sul do Espírito Santo, com valores de
Fabíola Martins Delatorre, Gabriela Aguiar Amorim, Álison Moreira da Silva, Gabriela Fontes Mayrinck Cupertino, Ananias Francisco Dias Júnior
A busca pela redução da dependência de recursos não renováveis está impulsionando a criação de materiais mais sustentáveis. Este estudo aborda o potencial de resíduos industriais de lignina kraft, obtido da conversão de eucalipto em indústrias de papel e celulose, como um bioreforço alternativo na produção de biocompósitos sustentáveis. Em conjunto com uma matriz polimérica, a resina epóxi, foram confeccionadas cinco amostras de biocompósitos contendo lignina kraft residual. As proporções utilizadas foram de 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30% de bioreforço. Para aprofundar a compreensão das propriedades mecânicas desses materiais, foram conduzidas as análises de resistência à flexão, módulo de elasticidade e resistência a tração. A proporção de 5% de lignina kraft mostrou melhor desempenho para a resistência à flexão. As proporções de 10%, 15% e 25% de lignina kraft não afetaram significativamente o módulo de elasticidade em relação ao compósito de 0%. Quanto a resistência a tração, esta reduziu consideravelmente nas proporções de 20, 25 e 30% de lignina kraft. Para melhor compreensão entre o equilíbrio da adição da lignina kraft e a otimização das propriedades mecânicas dos biocompósitos é importante que se desenvolva novos estudos, especialmente quanto a menores proporções para a resistência à flexão e o cuidado ao se trabalhar com concentrações mais elevadas quando o objetivo é aumento do desempenho para resistência a tração.
Palavras-chave: biorrefinaria, indústria de papel e celulose, resíduos lignocelulósicos.
Bruna da Silva Cruz, Fabíola Martins Delatorre, Álison Moreira da Silva, Gabriela Aguiar Amorim, Ananias Francisco Dias Júnior
Esse estudo teve por objetivo avaliar a influência da adição de carvão vegetal com diferentes resinas poliméricas nas propriedades mecânicas dos biocompósitos. O carvão vegetal foi obtido através da pirólise de madeira de Eucalyptus spp. na temperatura de 800°C. Para fabricação dos biocompósitos, foi utilizada resina epóxi e poliéster como matriz polimérica e carvão vegetal na proporção de 0% e 20% de adição de carvão vegetal. Foram realizados testes mecânicos de resistência à flexão e tração afim de compreender o comportamento do material. Na resina epóxi, a resistência à flexão não apresentou alterações estatisticamente significativas com e sem adição de carvão vegetal. No entanto, o módulo de elasticidade dos biocompósitos com 20% de carvão vegetal atingiu 1566,53 MPa para a resina epóxi e 1990,17 MPa para a resina de poliéster. Dessa forma, os resultados mostraram que a adição de carvão vegetal melhora as propriedades mecânicas dos biocompósitos.
Palavras-chave: Resinas sintéticas, Sustentabilidade, Propriedades mecânicas.
Alecia Pereira Dias, Mariana Rodrigues de Freitas, Wesley Lopes Vilela, Nuciene Silva Souza, Rozimar de Campos Pereira
O desenvolvimento da silvicultura clonal e a demanda por materiais de qualidade e em quantidades compatíveis com as exigências do mercado, tem levado à incorporação de tecnologias dentro de cada etapa do processo produtivo das mudas. Este estudo objetivou avaliar o rejuvenescimento de árvores adultas (20 anos de idade) de Eucalyptus urophylla e Corymbia citriodora através da técnica de anelamento do caule total ou parcial. Após a seleção de árvores adultas estas foram aneladas com auxílio de um facão e formão afiados e, com auxílio do martelo de borracha fez-se o anelamento com duas larguras (incisão de 2 e 3 cm de largura) e duas alturas (20 e 60 cm acima do solo), foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado (DIC) em esquema fatorial 2x2, sendo duas espécies diferentes e dois tipos de anelamento, as médias quando significativas foram submetidas ao teste de Tukey para comparação a nível de 5% de probabilidade. Observou-se a ocorrência de brotos após 40 dias do anelamento. As brotações ocorreram apenas na espécie E. urophylla, independente da altura do anelamento e da largura. O número médio de brotos variou com o a altura do anelamento. Anelamento no diâmetro total das árvores produziu brotos com maior comprimento e maior diâmetro de coleto, independente da altura do anelamento.
Palavras-chave: clonagem, rejuvenescimento de matrizes, brotação epicórnica.
Mariana Rodrigues de Freitas, Alecia Pereira Dias, Ryan Mota Mendes, Mairla Carem Santos Lacerda, Rozimar de Campos Pereira
O presente estudo teve como objetivo testar a utilização do resíduo orgânico fibra de coco de duas origem na composição de substratos para a produção de mudas de Corymbia torelliana x Corymbia citriodora. O experimento foi conduzido no Viveiro Florestal do Centro de Ciências Agrárias Ambientais e Biológicas da UFRB em Cruz das Almas, BA, constituindo-se de delineamento inteiramente casualizado, com seis repetições e 10 tratamentos: T1-100% CS (Testemunha), T2 - 60% CS + 40 FCn, T3 - 70% CS + 30% FCn, T4 - 80% CS + 20% FCn, T5 - 90% CS + 10% FCn, T6 - 100% FCc, T7 - 60% CS + 40% FCc, T8 - 70% CS + 30% FCc, T9 - 80% CS + 20% FCc, T10 - 90% CS + 10%. Os
resultados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) a 5% de probabilidade (p≤ 0,05) e, quando significativos, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, foi utilizado o programa Sisvar para comparação das médias. Os maiores crescimentos em altura foram observados nos tratamentos T1, T7, T8. Com excessão do tratamemeto 6 as mudas obtiveram tamanho ideal para serem levadas ao campo.
Palavras-chave: Resíduo orgânico; substrato, espécie florestal; reflorestamento.
Gilson Mendonça de Miranda Júnior, Glaucinei` Rodrigues Corrêa, Rejane Costa Alves, Nathalia Gabriele` Franca Dias
A indústria madeireira capixaba desempenha um papel fundamental na economia local, exercendo influência significativa tanto em termos socioeconômicos quanto históricos. Responsável por 9,8% da produção madeireira do Sudeste, a atividade se configura como um importante gerador de emprego e renda. No entanto, essa indústria gera resíduos, principalmente compostos por pó de lixa, serragem e sobras de madeira. Diante da necessidade de práticas sustentáveis, surge o interesse na produção de compósitos plástico-madeira (CPM) a partir desses resíduos. Um estudo foi realizado para avaliar a fabricação desses compósitos por termoformagem, utilizando resíduos de Eucalipto spp (RE) e poli(acetato de vinila) (PVA). Os resultados indicam que a concentração de PVA e o tamanho das partículas de resíduos influenciam na produção das placas. A tecnologia LIGNO é apresentada como exemplo de valorização de resíduos na produção de compósitos plástico-madeira, destacando-se sua aplicabilidade em diversos produtos.
Palavras-chave: Indústria noveleira, resíduos, compósitos plástico-madeira, termoformagem.
Fernanda Dalfiôr Maffioletti, Katiúcia Andreia Silva de Araujo, Juarez Benigno Paes
Com a exploração intensiva de espécies tropicais nativas, madeiras provenientes de reflorestamento, principalmente aquelas do gênero Eucalyptus, vêm sendo utilizadas com o intuito de suprir a demanda do setor madeireiro. Porém, algumas propriedades dessas madeiras necessitam ser melhoradas; assim, sugiram os tratamentos térmicos, que podem agregar qualidades a fim de atenderem ao mercado. Desta forma, a pesquisa tem como objetivo avaliar os efeitos do tratamento térmico da madeira de eucalipto de clones de híbridos de Eucalyptus, com 14 anos de idade na resistência biológica a térmitas xilófagas. Para tanto, foram utilizadas duas temperaturas de tratamento térmico da madeira (185 e 200°C), além do controle (madeira não tratada), a térmitas (madeira seca). Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística, testes de normalidade e homogeneidade de variâncias, testes de para comparação de médias. A modificação térmica, nas temperaturas e métodos testados influenciou negativamente no tratamento da madeira, não conferindo aumento da resistência biológica aos organismos xilófagos testados.
Palavras-chave: Tratamento térmico, térmitas de solo, térmitas de madeira seca.
Ronaldo Dias Nogueira, Adalberto Brito de Novaes, Aldair Rocha Araújo, Lucas Rafael de Lima Silva
Avaliou-se, por meio dos parâmetros morfológicos, a qualidade de mudas de eucalipto dos clones I-144 e VE-41, produzidas em tubetes e Ellepots, associada ao ácido indol-3-bultírico (AIB). O experimento foi instalado em delineamento experimental inteiramente casualizado em arranjo fatorial triplo 2x2x2, sendo dois genótipos (I-144 e VE- 41), dois sistemas de produção (tubetes 55 cm³ e Ellepots 63,5 cm³) e duas concentrações de AIB (0 mg L-1 e 1.000 mg L-1), com oito tratamentos e quatro repetições. Avaliou-se a altura da parte aérea; diâmetro de colo; relação H/D; biomassas fresca e seca das partes aérea, raízes e total; e a altura da parte aérea e diâmetro a altura do solo em vasos. Mudas do clone I-144 apresentaram médias superiores em todos os parâmetros morfológicos estudados em viveiro. Mudas dos clones I- 144 e VE-41 produzidas em Ellepots, associadas ao AIB (1.000 mg L-1), quando transplantadas em vasos, apresentaram maior ritmo de crescimento, pressupondo-se melhor desempenho em condições de plantio no campo.
Palavras-chave: Ellepots, tubetes, clone I144, clone VE41.
Renan Alves dos Santos, Adalberto Brito de Novaes, Luís Carlos de Freitas, Nilton José Sousa
Objetivou-se avaliar, por meio de características morfológicas e radiciais, o desenvolvimento no viveiro e desempenho no campo de mudas de dois clones de Eucalyptus (CO 1407 e AEC 144) comparando-se os sistemas de produção em recipientes biodegradáveis (Ellepost®) e Tubetes (55 cm3). O experimento foi instalado em arranjo fatorial 3 x 2 com três modelos de recipientes; (Tubetes de 55 cm³; Ellepots® de 77 cm³; Ellepots® de 115 cm³ e dois clones de Eucalyptus, CO 1407 e AEC 14). Avaliou-se no viveiro: a) altura da parte aérea; b) diâmetro de colo; c) relação (H/D);
d) biomassas fresca e seca das partes aérea, radicial e total; e e) número total de raízes. Recipientes biodegradáveis com 115 cm3 produziram mudas com qualidade superior em todas as fases de viveiro e campo. Mudas com melhor distribuição radicial e melhor desempenho no campo foram produzidas nos dois volumes de recipientes biodegradáveis. Os mais baixos valores para todas as características avaliadas em vieiro e campo foram produzidas em Tubetes com cm3.
Palavras-chave: Clones, miniestacas, degradávis, campo.
Thayanne Caroline Castor Neto, Gustavo Jaske da Conceição, Renata Guilherme Cândido da Silva, Bruno Sangali Arantes, Stéffany de Lima Araujo, Graziela Baptista Vidaurre
Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes tipos de amostras na determinação da densidade básica da madeira de Eucalyptus urophylla. A pesquisa foi realizada em um plantio comercial em Açailândia, Maranhão, Brasil, onde cinco árvores de um clone comercial de Eucalyptus urophyla foram selecionadas. Amostras de discos, cunhas, cavacos e baguetas foram coletadas de cada árvore e submetidas à saturação e secagem para determinar a densidade básica. Os resultados mostraram que as amostras de disco apresentaram a maior densidade básica, variando de 497,22 a 468,35 kg/m³, enquanto as amostras de bagueta tiveram a menor densidade, variando de 468,00 a 420,36 kg/m³. As amostras de disco, coletadas em diferentes alturas da árvore, fornecem uma medição mais representativa da densidade básica em comparação com as amostras de bagueta, obtidas em um único ponto da árvore. Os resultados sugerem que a escolha do tipo de amostra é crucial para a avaliação precisa da qualidade da madeira do clone de Eucalyptus urophyla. Recomenda-se o uso de amostras de disco para uma medição mais representativa e precisa da densidade básica da madeira do clone estudado.
Palavras-chave: Amostragem, Eucalyptus, Qualidade da madeira.
Amanda Tozi Nogueira, Vinicius Trombini Jambers, Aylson Costa Oliveira, Bárbara Luísa Corradi Pereira
O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial energético de diferentes clones de eucalipto cultivados no estado de Mato Grosso, localizados em Tangará da Serra. Foram selecionados três indivíduos para onze diferentes materiais genéticos, o que totalizou 33 materiais amostrais com idade de oito anos, provenientes do teste clonal. Os valores médios para densidade básica variaram de 478 a 588 kg.m-3. Os valores observados para o poder calorífico superior variaram de 4.609,33 a 4.743,67 kcal.kg-1. A densidade energética da madeira não apresentou diferenças estatísticas, porém, E. urophylla x E. camaldulensis, apresentou valor consideravelmente superior que os demais avaliados. Conclui- se que os diferentes genótipos avaliados apresentaram propriedades satisfatórias para fins energéticos por meio da utilização de lenha, onde a seleção de materiais superiores pode garantir a redução de custos.
Palavras-chave: Energia renovável, lenha, clones superiores.
Sâmara Magdalene Vieira Nunes, Érica Patrícia Pinto Queiroz, Bruno Sangali Arantes, Thalles Loiola Dias, Graziela Baptista Vidaurre
As condições climáticas corroboram com crescimento e desenvolvimento da biomassa florestal, entretanto é importante avaliar a qualidade da madeira, matéria-prima de diversos produtos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a densidade básica e o incremento médio anual do clone de Eucalyptus urophylla provenientes de sítios com condições climáticas contrastantes no Brasil. Para isso foram utilizadas árvores de dois testes clonais, localizados em São Miguel Arcanjo em São Paulo e em Açailândia no Maranhão. Dessas árvores obteve-se discos, considerando a altura comercial nas posições de 0%, 25%, DAP, 50%, 75% e 100% a partir destes, foram confeccionadas cunhas para determinação da densidade básica. Estimou-se o volume total com casca (VTC) a partir das medições de diâmetro e altura comercial para as árvores de cada sítio e o incremento médio anual foi calculado a partir do VTC e idade. Aplicou-se a análise de variância pelo teste F a 5% de significância. Os resultados indicaram que a densidade básica do sítio do Maranhão, sítio com menor disponibilidade hídrica, foi 20,17 Kg maior do que no sítio de São Paulo, porém, o incremento médio anual do sítio de São Paulo é maior do que o do sítio localizado no Maranhão. Esses resultados mostram que condições climáticas contrastantes podem resultar em madeiras com diferentes características de crescimento e densidade básica. Reforçando a importância de entender a relação entre condições climática e qualidade da madeira proveniente de diferentes sítios e seus impactos nos processos produtivos e nos produtos da cadeia florestal.
Palavras-chave: Qualidade da madeira; Incremento médio Anual; Eucalyptus urophylla.
Érica Patrícia Pinto Queiroz, Sâmara Magdalene Vieira Nunes, Bruno Duarte Lourenço de Araújo, Bruno Sangali Arantes, Graziela Baptista Vidaurre
estudo da densidade básica (DB) alinhado com a produtividade florestal permite avaliar antecipadamente a qualidade da madeira das espécies de eucalipto para uso final. No entanto, a análise da densidade por métodos tradicionais demanda tempo e custos operacionais consideráveis, o que limita a realização de uma amostragem robusta e representativa. A busca por alternativas mais simples, rápidas, econômicas e não destrutivas para estimar essa propriedade tem sido alvo de estudos. Entre as metodologias não destrutivas para avaliação da qualidade da madeira, destaca-se a utilização do equipamento pilodyn, embora alguns aspectos relacionados à sua aplicabilidade sejam objeto de questionamento. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo comparar a densidade básica fornecida por duas amostragens distintas, levando em consideração também o efeito das classes diamétricas. Foi analisado um clone de Eucalyptus urophylla, com 6 anos de idade, coletado em três classes diamétricas distintas. Os resultados revelaram diferenças significativas entre as duas amostragens e entre as classes diamétricas, sendo observada uma menor densidade básica para a classe diamétrica inferior. Adicionalmente, constatou-se uma menor discrepância em quilogramas (aproximadamente 6 kg) entre as duas amostragens para a classe diamétrica inferior, enquanto para as demais classes, a diferença foi superior a 20 kg. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que houve uma diferença significativa ao comparar a DB obtida nos primeiros 3 centímetros do diâmetro, referente à leitura do pilodyn, com a densidade fornecida pela árvore inteira, além de evidenciar o efeito das classes diamétricas na determinação dessa propriedade.
Palavra-chave: Qualidade da madeira, Pilodyn, Cunha, Árvore inteira.
Luis Felipe Oliveira Ribeiro, Halisson Pereira Bastos, Jacimar Vieira Zanelato, Pengchao Chen, Edney Leandro da Vitória
A tecnologia de aplicação por meio de aeronaves remotamente pilotadas (ARP) está em ascensão, oferecendo vantagens sobre as pulverizações terrestres. No entanto, o uso na aplicação de defensivos agrícolas na silvicultura ainda é pouco explorado. O objetivo deste estudo foi determinar, avaliar e comparar a uniformidade de distribuição de gotas em uma área de cepas de eucalipto utilizando uma ARP e um pulverizador costal elétrico. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso em esquema fatorial 3 x 3 + 1, sendo três tamanhos de gotas (150, 300 e 450 µm) e três faixas de aplicação (7, 9 e 11 m) ajustados na ARP e um tratamento controle (pulverizador costal elétrico). Foram posicionadas etiquetas de papel sensível à água e etiquetas de policloreto de vinila flexível na camada interna e externa e nos terços superior, mediano e inferior das cepas de eucalipto. A calda pulverizada foi composta por água, corante azul brilhante (4 g L-1) e adjuvante não siliconado a base de polímeros balanceados (0,2% v v-1). Os resultados indicaram que a faixa de aplicação de 7 e 9,0 m e os tamanhos de gota de 150 e 300 µm maximizaram a eficiência da aplicação, indicando uma distribuição de gotas uniforme concentrada nas camadas superior > mediana > inferior das cepas de eucalipto. O pulverizador costal elétrico apresentou menor densidade de gotas e um maior risco de endoderiva.
Palavras-chave: Tecnologia de aplicação, drones, eficiência, defensivos agrícolas.
Luis Felipe Oliveira Ribeiro, Halisson Pereira Bastos, Mabilly Moreira Thomazini, Julimar Gonçalves Araújo, Edney Leandro da Vitória
Os métodos convencionais de aplicação de herbicidas são por vezes limitados, e a utilização de aeronaves remotamente pilotadas (ARP’s) torna-se uma alternativa viável. O objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade da aplicação simulada de herbicida utilizando uma ARP (DJI AGRAS T40) em uma área composta por cepas de eucalipto e presença de plantas daninhas. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso, esquema fatorial 3 x 2, com três faixas de aplicação (7, 9 e 11 m) e dois tamanhos de gota (300 e 450 µm) ajustados na aeronave. Foram posicionadas etiquetas de papel sensível à água na camada mediana das plantas daninhas para caracterização da cobertura, densidade de gotas e risco potencial de deriva, além de etiquetas de policloreto de vinila flexível para estimar a deposição residual de gotas. Para simular as condições, foi utilizado como calda a água, corante azul brilhante e adjuvante não siliconado em todos os tratamentos. Os resultados indicaram que as faixas de aplicação de 7 e 9 m apresentaram resultados adequados em relação à cobertura, densidade e deposição de gotas, além de reduzir o risco potencial de deriva primária utilizando gotas de 300 e 450 µm. A faixa de aplicação de 11,0 m apresentou uma menor qualidade na deposição de gotas, aumentando o risco potencial de deriva. Dessa forma, quando seguidos os parâmetros e condições adequadas, as ARP’s podem ser utilizadas na aplicação de herbicidas seletivos e na dessecação em áreas de eucalipto com presença de cepas devido à sua eficiência na aplicação.
Palavras-chave: Tecnologia de aplicação, eficiência, drones, herbicidologia, matologia.
Tatiana de Fátima Martins Pires, Josy Tainara Silva Silva, Ana Carolina de Oliveira Cruz, Katherine Rodrigues Breder, Jordão Cabral Moulin
O plantio de clones melhorados geneticamente são estratégias para obter materiais mais homogêneos e com qualidade conforme o produto que se deseja produzir, porém, devido a fatores ambientais podem gerar variações nos elementos anatômicos do lenho e assim gerar variação na qualidade da madeira. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto de diferentes ambientes nas fibras de cinco clones de eucalipto. As espécies utilizadas foram o híbrido de Eucalyptus grandis x Eucalyptus Camaldulensis (C2), Eucalyptus urophylla (C4), Eucalyptus urophylla (C1), e Eucalyptus grandis e Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla., com 6 anos de idade, oriundos de plantios da Suzano S.A, provenientes de São Miguel Arcanjo e Nova Viçosa, os dados climatológicos das cidades foram obtidos das estações meteorológicas da empresa. Foram realizadas análises das dimensões das fibras, sendo retirados da região do alburno palitos para a maceração, no plano radial. Os maiores comprimentos de fibras foram encontrados para os clones provenientes de São Miguel Arcanjo, não houve diferenças significativas para a largura das fibras e diâmetro do lume nos dois ambientes. Os maiores valores de espessura de parede foram encontrados no sítio de Nova Viçosa. Os resultados do presente estudo indicaram que a interação do ambiente com o clone gerou variações nas fibras de eucalipto, mostrando que elas se comportam de maneira distinta em função do ambiente.
Palavras-chave: Variação anatômica, condição climática, adaptabilidade das espécies.
Stéffany de Lima Araujo, Luana Bento Protázio, Gabriela Goldner Gimenez, Udson de Oliveira Barros Júnior, Graziela Baptista Vidaurre
Um dos principais índices de qualidade da madeira utilizados atualmente é a densidade básica, na qual, não há um consenso a respeito de como amostrar o fuste para a correta determinação. A mensuração da densidade no diâmetro à altura do peito (DAP), associada a alguma outra posição relativa no fuste, pode fornecer resultados precisos que representam a média da árvore. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a relação da densidade básica determinada no diâmetro à altura do peito, com demais posições relativas ao longo do fuste comercial de clones de eucalipto. Foram estudadas as madeiras de quatro clones de eucalipto, sendo dois híbridos de Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis, um Eucalyptus grandis e um Eucalyptus urophylla, aos seis anos, provenientes do estado de São Paulo, Brasil. Foram coletadas cinco árvores por clone e foram retirados discos nas posições de: 0, 12,5, 25, 37,5, 50, 62,5, 75 e 100% da altura comercial, além de uma amostra na posição do DAP, para determinação da densidade básica da madeira. Ao considerar a média geral dos clones, a tendência de variação foi comum para espécies de eucalipto. O DAP apresentou uma das menores médias de densidade básica, com 24 Kg m-3 de diferença da média da árvore. As regiões basais apresentaram menores valores de densidade básica. A densidade básica média da árvore determinada apenas na região do DAP tendeu a ser subestimada. O DAP e a posição relativa de 75% da altura comercial do fuste estimaram melhor a densidade básica média da árvore.
Palavras-chave: Amostragem da madeira; Estimativa; Qualidade da madeira.
Thiago Nunes Oliveira, Jonadabe Félix da Silva, Bárbara Luísa Corradi Pereira, Aylson Costa Oliveira
A utilização da biomassa florestal para fins energéticos é uma abordagem significativa na busca por fontes renováveis e sustentáveis. Nesse contexto, a avaliação da qualidade da madeira, especialmente aquela proveniente de gêneros como o Eucalyptus, desempenha um papel crucial. O estudo em questão concentrou-se no potencial energético de cavacos provenientes de um clone híbrido de Eucalyptus camaldulensis x Eucalyptus grandis (clone 1277), com 7 anos de idade, cultivado no município de Campo Verde – MT. A classificação granulométrica revelou uma distribuição homogênea na classe P45, cuja granulometria dos cavacos concentrou-se de 12,5 a 25,0 mm e densidade a granel média igual a 260 kg/m3. Esses resultados sugerem que os cavacos do clone 1277 apresentam características favoráveis para serem utilizados como biomassa energética. A uniformidade granulométrica facilita processos de queima mais eficientes, enquanto a densidade a granel influencia diretamente na logística e no manuseio dessa biomassa.
Palavras-chave: Biomassa, floresta energética, agroindústria.
Detalhes sobre essa publicação
ISBN-13 (15)
978-65-01-27748-6
Copyright (c) 2024 Paulo Ricardo Fraga Fonseca; Bruno Sangali Arantes, Érica Patrícia Pinto Queiroz, Sâmara Magdalene Vieira Nunes, Thayanne Caroline Castor Neto, João Gabriel Missia da Silva; Gilmar Gusmão Dadalto, Frederico Lopes Raposo Filho, Marcos Vinicius Wincler Oliveira; Felipe Gabriel Santos Araújo, Paulo Roberto Correia Marcelino, Graziela Baptista Vidaurre, Katiúcia Andreia Silva de Araujo, Fernanda Dalfiôr Maffioletti, Juarez Benigno Paes, Bruno Duarte Lourenço de Araújo, Felipe Gabriel Santos Araújo, Stéffany de Lima Araujo, Udson de Oliveira Barros Junior, Luana Bento Protázio, Victória Yasmin Gonçalves Campos, Bárbara Luísa Corradi Pereira, Aylson Costa Oliveira, Jonatas Moreira da Cruz Carvalho, Liniker Fernandes da Silva, Alisson de Jesus Silva, Luis Carlos de Freitas, Gustavo Jaske da Conceição, Steffany de Lima Araujo, Érica Patrícia Pinto Queiroz, Udson de Oliveira Barros Júnior, Graziela Baptista Vidaurre, Eduarda Ranção Costa, Lara Ferreira Alves, Nívea Maria Mafra Rodrigues, Lucas Duarte Caldas Silva, Lucas José Teodro Lobato, Fabíola Martins Delatorre, Gabriela Aguiar Amorim, Álison Moreira da Silva, Gabriela Fontes Mayrinck Cupertino, Ananias Francisco Dias Júnior, Yasmin Carvalho Borges, Bruna da Silva Cruz, Fabíola Martins Delatorre, Álison Moreira da Silva, Gabriela Aguiar Amorim, Alecia Pereira Dias, Mariana Rodrigues de Freitas, Wesley Lopes Vilela, Nuciene Silva Souza, Rozimar de Campos Pereira, Mariana Rodrigues de Freitas, Ryan Mota Mendes, Mairla Carem Santos Lacerda, Gilson Mendonça de Miranda Júnior, Glaucinei` Rodrigues Corrêa, Rejane Costa Alves, Nathalia Gabriele` Franca Dias, Fernanda Dalfiôr Maffioletti, Juarez Benigno Paes, Ronaldo Dias Nogueira, Adalberto Brito de Novaes, Aldair Rocha Araújo, Lucas Rafael de Lima Silva, Renan Alves dos Santos, Luís Carlos de Freitas, Nilton José Sousa, Renata Guilherme Cândido da Silva, Graziela Baptista Vidaurre, Amanda Tozi Nogueira, Vinicius Trombini Jambers, Thalles Loiola Dias, Luis Felipe Oliveira Ribeiro, Halisson Pereira Bastos, Jacimar Vieira Zanelato, Pengchao Chen, Edney Leandro da Vitória, Mabilly Moreira Thomazini, Julimar Gonçalves Araújo, Tatiana de Fátima Martins Pires, Josy Tainara Silva Silva, Ana Carolina de Oliveira Cruz, Katherine Rodrigues Breder, Jordão Cabral Moulin, Gabriela Goldner Gimenez, Thiago Nunes Oliveira, Jonadabe Félix da Silva
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